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Projeto de pesquisa do Laboratório de Ecologia Aquática da UFPB, realiza restauração de rio inédita, no Rio do Cabelo, João Pessoa

publicado: 16/08/2018 16h52, última modificação: 16/08/2018 16h56

                 Através do uso de biorremediadores e de macrófitas sob controle, a equipe composta pela coordenadora do LABEA Maria Cristina Crispim, uma doutoranda Flávia Martins Franco de Oliveira e um mestrando Randolpho Savio Marinho ambos do Prodema, 5 alunos de projeto de extensão, um técnico de laboratório Sérgio Csta de Mello e com ajuda da ONG ECCUS, conseguiu melhorar a qualidade de água do Rio do Cabelo (Fig. 1 e 2 )

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Fig. 1 – Rio do Cabelo antes da instalação do biotratamento. À esquerda em período de estiagem, à direita em período chuvoso, no dia em que foram instalados os módulos para o biofime

 

 Fig. 2 – Rio do Cabelo após a instalação dos sistemas de biotratamento

                Apesar do uso de macrófitas e do perifiton já serem conhecidos na melhoria da qualidade de água, a aplicação de substratos artificiais  para  aumento do biofilme no rio, de forma a aumentar a capacidade de autodepuração do sistema aquático  foi inovadora. Além disso, a instalação de fossas  ecológica s do tipo círculo de bananeiras e tanque de evapotranspiração (Fig. 3) foram também importantes para o controle da poluição difusa.

 

 

 

 

 

 

Fig. 3 – Fossa ecológica  tanque de evapotranspiração instalada em residência ribeirinha ao Rio do Cabelo, João Pessoa          

 

 

 

 

 

               Apesar do projeto não ter sido financiado por nenhum órgão financiador ou pela Prefeitura Municipal de João Pessoa, a equipe se uniu, adquiriu os insumos necessários, através de quotização entre os membros, conseguiu mão de obra auxiliar, junto à ONG e adquiriu os materiais necessários e construiu os equipamentos, tanto na parte terrestre, como na aquática, e os resultados foram promissores, tendo havido o aumento de 5 espécies de macrófitas e 9 espécies de peixes, após o biotratamento.

                O rio melhorou de tal forma que voltou a ser usado para pescar (Fig. 4) e o mangue na foz, na Praia da Penha/Seixas voltou a nascer (Fig. 5).

                Este resultado foi muito promissor, e agora a equipe de pesquisa vai tentar implantá-lo em outro recursos hídricos da cidade, como no Rio Jaguaribe, no Rio Cuiá e na Lagoa do Parque Sólon de Lucena. No entanto, para que isso se possa concretizar, como os outros ambientes são maiores que o Rio do Cabelo e com mais impactos diretos, faz-se necessário um convênio, para a compra de insumos. A coordenadora do LABEA já está em conversações com a Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de João Pessoa.

      

         

 



Fig. 4 – Pescador com peixe no Rio do Cabelo   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fig. 5 – Mangue nascendo na foz do Rio do Cabelo

 

 

Dando certo o biotratamento nos outros ambientes aquáticos urbanos, João Pessoa poderá transformar-se na primeira cidade do Brasil a possuir rios urbanos com qualidade de água, de forma a garantir os múltiplos usos de um rio, incluindo a pesca.